A
Tolerância e o caos.
Vivemos no mundo que
criamos. Não gostamos dele, mas, facto é, que o criamos. Somos como que uma
espécie de pais diletantes em pedagogias, as quais, afinal, se voltaram contra
nós. O mundo está caótico. Não o queríamos assim, tal como não queremos os
nossos filhos amargos e conspícuos.
Pois, então um
berbicacho; Uma faca de dois gumes; Algo incontrolável; Uma dor de cabeça. E
por aí fora vamos acrescentando mil adjetivos e frases de ocasião para os
momentos que paulatinamente fomos gerando, diga-se, com a melhor das intenções
e, se acaso não as foram, com a melhor da nossa ignorância feita boa vontade.
O mundo está um caos.
Prepotências, terrorismo,
guerras, más vontades, intrigas, desencontros, inimizades e por aí fora. Assim
nos dias pares tentamos colar sorrisos e conceitos quase, quase de faz de conta
e que ficam bem, o mais que não seja nas curricula das palavras, pois que no
das intenções, ficam quase sempre em arquétipo aberto por ser, respeitantes,
claro está, aos dias ímpares.
O mundo está do avesso.
O politicamente correto
inundou-nos à laia de tsunami mental, se por acaso tal fora viável. Não se
chama mais aos cornos, cornos, nem às coisas o seu nome real porque, vá lá cum
Diabo, magoa-se o nosso parceiro, É um magoar superficial, mas é quanto baste.
Exatamente como nas receitas. É na superfície que se vive. O que se vê, prevê e
entende a dois passos de distância é a regra. O resto, a verdade, crua, nua e
obscura, há que esquecer. Até porque não é politicamente correta.
O mundo está incorreto.
O incorreto é visível
quando garotos de ambos os géneros se dedicam a praticas de destruição. em nome
de uma verdade Divina, de uma crença acrisolada em negação, num míster
destrutivo de futuro, em suma aos meus olhos de ocidental respeitador de todas
as verdades divinas, numa mentira incontrolável de poder. Não o sabem, alguns,
deleitam-se outros, e riem os que manipulam.
O mundo vive de
marionetas.
Neste proscénio em
avesso, os bonecos são manipulados não pelos paus e fitas que lhes dão vida,
mas sim, pela lavagem mental, pelo politicamente correto, pelo verbo tolerante
conjugado num presente imperfeito, conjugação presente em modo agudizado. As
marionetes deixaram de ser motivo de alegre riso para se tornarem os títeres do
passivo presente.
O mundo é o nosso catre
É nele que nos deitamos
ou acordamos. É nele que vivemos. Certo. É nele que plasmamos o presente e
gizamos o futuro. Analisamos o passado sob a mira precisa do microscópio
tentando apagar os erros cretinos dos avoengos. A evolução é a nossa mais
valia, e também o nosso maior detrator. Revela a nossa mediocridade em
melhorar, em não cair no facilitismo da tolerância balofa. A Tolerância é uma
senhora, e não uma meia senhora ou uma qualquer prostituta, digo profissional
do sexo como se deve escrever. A Tolerância, a Verdade, o Poder, a Correção, a
Sabedoria e o Estar no Mundo são as premissas que fazem o mundo caminhar.
Porquê então cortar caminhos e criar atalhos? Porquê então fazer da verdade
mentira, e da mentira verdade?
Basta! Sejamos aquilo que
somos, isto é Corretos sem o politicamente, Crentes sem acrisolamentos e quase,
quase Divinos sem religião.
Boa Tarde, meus amigos.
MT