Quem sou eu

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Alguém que ama a vida e odeia as injustiças

16 julho, 2007

Um Rosto…Qualquer



Rosto aberto, alma viva, olhar de luz,

Sorri

Rosto fechado, triste, dorido,

Humedece

O rosto…

Túnel do espírito,

Marca o compasso da vida

Corrida, parada, dançada.

O rosto…

Esboço, aguarela e pastel

Do viver…

Emoção, esgar, paragem,

Do sentir…

O rosto…

Paradoxo do tempo, arte do engano

Tela pura de tons naturais,

Ou burlesco de pastéis misturados

Sem arte.

O rosto…

Montra despida de mentiras

Compradas, sem etiqueta.

De olhares húmidos, trocados

Em reflexos de ser.

Rostos…

Pregueados, lisos, puros,

Suplicantes, magoados, feridos,

Perdidos, encontrados e gerados,

Rostos de nós!

15 julho, 2007

The Red Violin


No século XVIII, um artesão italiano constrói violino perfeito, para homenagear sua esposa, prestes a ter um filho. Mas a esposa e o filho morrem no parto. O violino é concluído e, ao longo dos próximos 300 anos, passa de mão em mão, de continente para continente, produzindo belos sons, mas sempre acompanhado por uma misteriosa sina

som de violino....

Hoje
horas claras
e sorrisos
campos floridos
som de violino
a palavra, as cores
poesia
no mais pleno infinito
estrelas e sol
lua no azul mais bonito
sem danos
ao que parece natural
beleza na arte surreal
como jamais vi
hoje
nada que se faça mortal
pode agradir o tempo
hoje somos chuva e vento
correnteza
na síntese
a singular força
da natureza

Chintia de Souza KaneyiC

Scherzo per Violino e Archi n.1

ONOMATOPEIA

Menino franzino,
Quase pequenino,
Pequenino, triste,
Neste mundo só...,

Menino, desiste
De que tenham dó!

Desiste, menino,
Que o mundo é cretino...
Deixa o teu violino,
Toca o sol-e-dó.

Cada teu suspiro
Cai ao chão no pó...
Canta o tiro-liro
Tiro-liro-ló.


Deixa o teu violino,
Que não te é destino.
Desiste, menino,
De que tenham dó!


Menino franzino,
Triste e pequenino,
Pequenino, triste,
Neste mundo só...,

Menino, desiste!
Toca o sol -e-dó.

José Régio

14 julho, 2007

Desdobramento...


Sonho…

O mundo não é mais redondo,

Pasmo.

O homem já não é bicho,

Salto.

O rio já não corre,

Humedeço.

O céu já não é azul.

Atemorizo

A criança já não é,

Tremo.

A lua não ri,

Suspiro.

A noite é escura,

Espreito.

O vento não vem,

Sonho

Abafo.

A árvore é nua,

Entristeço,

O ar parou,

Morri.

Sonho…

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10 julho, 2007

Miles Davis- Concierto De Aranjuez (Adagio)

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Poesia é o impossível
feito possível. Harpa
que tem em vez de cordas
corações e chamas.

Poesia é a vida
que cruzamos com ânsia,
esperando o que leva
sem rumo a nossa barca. "

Frederico Lorca

09 julho, 2007

A matéria...


While Adam slept by Laverne Ross
.Grilhões...

Exangue, dobrado,violadoo Homem,
Pedaço de matéria em luta,
Traga o pó do mundo com raiva e dor e,
Jaz dobrado,
Porque a vida o quebrou em grilhões,
Porque a luz do desejo o cegou no porvir
Porque o coração o enganou no querer.
Jaz dobrado,
No esgar a terra e do vento,
Nas lágrimas quentes que não florescem
Esperanças perdidas.
Jaz dobrado,
Na insignificância de Ser ,
Na pequenez de Homem,
Jaz dobrado,
Aos grilhões do passado e
Aos elos do amanhã.
Dobra-se, mastiga e cospe,
A raiva do mundo, a dor da vida,
A ignorância do saber,a inveja do ter,
E a cupidez do seu irmão.
Afinal, o homem é apenas a matéria...






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