Ontem, corri para o mundo...
Hoje, vejo o mundo correr...
.
Quando não há Amor…
Soa o sino da raiva
No campanário
Do coração.
Bate a porta
Da razão…
Range a dor
Da despedida.
Quando não há amor…
O homem,
Perde-se,
No labirinto da vida
Partida.
Fecha a vidraça do olhar,
Tranca a alma no sentir.
Exangue,
Esconde-se
Nas esquinas do passado
Vivido.
Quando não há amor…
O mundo perde a luz,
Nos lábios trémulos
Das gentes,
Que passam e trespassam
O umbral dos sentidos,
Na procura errante
De uma estrela,
No universo mutante
Da Felicidade.