Quem sou eu

Minha foto
Alguém que ama a vida e odeia as injustiças

30 abril, 2007

O Amor...



Ontem, corri para o mundo...
Hoje, vejo o mundo correr...






Por entre as chagas da vida

Que brotam da calma

De uma dor sentida.

É soluço cortado…

De um riso perdido,

Num lábio magoado,

Ou de um olhar ferido.

É chorar e rir dentro de nós,

Na esperança que chega,

Na vontade que cresce.

É quando a alma floresce

E a razão sossega

Aí, o amor, somos nós.

28 abril, 2007

A Lágrima.

Saiu ainda há pouco

Mas rola,

Desliza,

Pára,

Espraia-se

E…cai.

Logo, logo

Outra vem

Atrás.

Solidária,

Companheira.

.

Lágrima Chorada…

De dor, de pena,

De riso, de canto.

Gotas de vida,

Pedaços de ser,

Brilhos de luz

Que o homem tem.

Lágrimas de amor,

Flocos de sentimento

Perdido.

De esperança desejada

E sonhada.

De alma magoada,

Renascida.

Lágrimas de Criança,

Redondas,

Pérolas quentes

De riso

Flor orvalhada

De primavera.

Anéis de sol

Húmidos,

Esgares de dor,

Solidão,

Temor,

Horror

No dia, na noite

Da vida escoada

Em ventres e mentes

De ódio e fogo.

Lágrimas de Fuga

Ligeiras,

Perdidas,

Abandonadas,

Correndo livres

Pelo rosto,

Pela estrada

No interior do

Nosso mundo.

Lágrimas de solidão

Paradas,

Vazias,

Frias,

Esperando e esperando

Pelo ontem, o hoje, o amanhã.

Lágrimas do mundo

Do acaso,

Da vida,

Da fome,

Da guerra,

Rolando lentas,

Exangues,

Pelo rosto da vida.

,


Ontem, corri para o mundo...
Hoje, vejo o mundo correr...
.

26 abril, 2007

Rio Jordão...


Ontem, corri para o mundo...
Hoje, vejo o mundo correr...
.

Água...

Água.. líquido macio,
Do ventre ignoto ,
Abrindo ao vento,
O suspiro da vida
Água....
Da nascente ténue
Mas logo cristalina
Água que,
Salta para o leito
De sulco aberto e,
Abre-se
Para o calor
Da vida criada.
Água pura....
Livre, revolta , salgada
Lágrima ardente
Da alma chorada,
Da vida esperada...
Em vão...
Água...
De vidas apagadas,
De sonhos transpirados
Em pérolas de suor
Partidas,
Gotas fecundas
De amor,
Penetrando no útero
Maduro e húmido
Da mulher, da mãe
Da TERRA.

25 abril, 2007

Matisse, Bonheur de v ivre.


Ontem, corri para o mundo...
Hoje, vejo o mundo correr...
.

Um Cravo

Ontem, corri para o mundo...
Hoje, vejo o mundo correr...


A imagem “http://www.overmundo.com.br/_banco/img/1174415954_cravo2ddd.jpeg” contém erros e não pode ser exibida.

Um Cravo…

Um cravo… é

Flor,

Do passado

Vermelho…da

Dor dos tempos.

Cálice …do

Porvir.

Pétalas …do

Sonho,

Do Homem Livre.

Cravo Vermelho….é

Esperança,

Angústia,

Mas é,

E será sempre

O Ontem

Tornado Hoje

E o amanhã

Conquistado,

Em Abril.

Cravo Vermelho de Abril

Flor de esgar e desejo,

De riso solto,

De olhar vivo,

De mãos trementes,

E gemidos de

Liberdade.

Flor de luz,

Símbolo de uma verdade

Perdida,

Mas sempre sonhada,

Pelo Homem,

Em Abril.

24 abril, 2007

Príncipes e a Inveja!

Outrora os contos de fadas e histórias a fins eram dadas às crianças para que desenvolvessem o seu poder imaginativo e para que também acreditassem num mundo que à priori seria quase perfeito e, consequentemente à medida dos seus tenros anos.

Ora os tempos mudam e as vontades ou conceitos de vida também mudam sobretudo em sociedades ditas dinâmicas.

Mas atente-se nos velhos e gastos todavia sempre frescos contos de fadas onde os príncipes ou sapos embruxados se transformam ora nuns ora noutros, não esquecendo a versão feminina, claro está.

Portugal, Abril 2007, vive actualmente uma história de fadas e seres maus que faz inveja a um Perrault ou Christian Anderson.

Senão escutemos

Era uma vez… um pequeno reino chamado Pelagus de tons verdes, azuis e de sol. Aí viviam várias espécies de seres agrupados em duas grandes categorias: os seres maiores e os comuns

Pelagus era um reino muito antigo, com muita história e ainda maior número de gente ilustre, a qual ao longo dos séculos tinha apenas tratado de se governar desgovernando e sobretudo asfixiar o povo o qual, se diga era brando mas algo invejoso, sobretudo do que se passava no quintal do vizinho, pois temos que dizer que Pelagus, era um reino de aldeias.

Os seus príncipes que sempre lutavam entre si pelo poder, usando por vezes golpes menos próprios, dizia eu, eram indivíduos de perfil exigente, falas fluentes, sorrisos necessários e avidez eufórica. Casavam com belas e produzidas damas oriundas de outros reinos ou deste mesmo, mas diga-se em verdade, plenas de brilho adquirido. Os pincipezinhos e princesinhas nascidos tais uniões, normalmente herdavam as características dos seus ilustres progenitores, umas vezes mais refinadas outras mais aligeiradas, mas no fundo no fundo os traços denominadores mantinham-se ao longo das gerações.

Os tempos passaram, eis que se chega ao início do século vinte e um. Pelagus é governado por um grupo de homens bons que procuram afincadamente pelo pote das moedas, escondido algures entre as árvores tal como no reino da Ilha Verde. Cabeças doutas, alinhavam as suas ideias em teorias de busca e aprisionamento de moedas para dizem eles, melhorar, modo de vida dos seres comuns.,

Ora, os seres comuns queriam apenas boa comidinha e uma música bimpa e ficavam felizes. Cientes disso, os seres maiores, punham e dispunham deles de forma atroz., forçando-os a enormes privações e, à laia de consolo, davam-lhes muita música e sorrisos e palavras, palavras muito redondas e ritmadas, para que eles se sentissem sempre amparados.

Mas como em todas as histórias, um dia chegou um príncipe que fugira em tempos idos para outro reino, não muito longe, mas mais composto, e, dizia eu, esse príncipe, chegou e viu tudo o que se passava em seu redor e, decidiu naquele mesmo momento mudar os destinos de Pelagus.

Ora bem, o nosso príncipe era esperto e rapidamente se apercebeu como poderia ser poderoso no reino. Rodeou-se de seres maiores que almejavam ser importantes embora tivessem pouca vontade própria, de alguns sábios despistados e de magos fora de prazo. Com tal trupe, o nosso príncipe dirigiu-se ao palácio e aí assentou arraiais, após breves e explícitas cortes onde os seres menores também se tinham sentado, pensando ter dito de sua justiça.

Chegado ao palácio do poder, o nosso príncipe achou por bem reformar tudo aquilo que até então existia ou que estava quase fora de prazo. E cheio de boas intenções lançou mãos à obra. Rodeou-se dos seus sábios teóricos, esqueceu o seu povo e desgovernou governando.

Tudo corria bem, no “reino podre” do Pelagus,eis senão quando um pequeno detalhe chama a atenção de outros príncipes invejosos da sua posição e da sua governação.

Pasmem que a inveja é coisa feia e de outro mundo Não é que tinham vasculhado e vasculhado até descobrirem que o nosso brilhante príncipe afinal não era príncipe, tinha arranjado uns pais adoptivos, e com alguma cumplicidade e em troca de algo lhe dera o nome sonante. Logo, não estava no poder por mérito de nascimento mas antes por um artifício de forma. Ora isso não estava certo.

Lutando contra tal infâmia que se levantava em seu redor, o nosso príncipe, achou por bem reunir de novo as cortes e de forma vibrante ainda que suada contar a sua versão de ascendência.

O povo sorriu, afinal parecia-se com a letra da sua querida música bimpa. Era uma tristeza que havia de passar…

Mas este episódio fez o nosso príncipe esmorecer e começar a ter reveses, coisas que ele nunca tolerara., nem a si nem aos outros.

Lentamente, as folhas do tempo começaram a amarelecer e conjuntamente com elas as raízes do seu poder. E um dia, não se sabe bem quando, o vento varreu o reino de tal forma, limpando todas as tristezas e pobrezas, trazendo de novo a esperança … e o nosso príncipe de nome adoptado desapareceu … não se sabe se voltou a fugir, se está simplesmente escondido.

E como em todas as histórias de fim feliz, o povo viveu para sempre…esperando por dias melhores!

Ontem, corri para o mundo...
Hoje, vejo o mundo correr...
.