Quem sou eu

Minha foto
Alguém que ama a vida e odeia as injustiças

20 agosto, 2007

As Sardinhas

00045pgt

Chegaram vindos não se sabe de onde. Carregados e coloridos como são as gentes que marcam presença.

As vozes altas ,acordaram os que na semi sonolência, descansavam das contas de um ano inteiro.

E eram a Zázá, o Beto, a tia Nônô, o Zé Luís, a Lecas e as crianças. Loiras, doiradas e faladoras…ao todo sete. Entre elas a Princesa.

Dois casais e uma avó-tia . Todos muito in. Chegaram tarde porque ninguém de bem põe os pés na praia cedo .Isso é muito classe média. Credo. E depois, o Beto tinha ido comprar sardinhas. Um feito. Em redor tudo soube.

E a avó-tia na sua voz aflautada contou. Contou as notícias fresquinhas da morte do barão de não sei quantos, os devaneios da miss X , mais os arroubos do Y mais, mais, … enfim um corolário de acontecimentos muito cheios de adjectivos mas terrivelmente pobres de substantivo.

As crianças, seis rapazes e uma princesa. Não que fosse aristocrática, mas parece moda agora ser-se princesa ou princeso, digo príncipe. Uma voga muito novo-riquismo. Mas dizia eu, que as crianças baloiçavam ente os oito anos e os catorze. Cinco de um casal e duas de outro. Rapidamente despiram-se e correram para o mar, os seis rapazes. A Princesa ficou sentada no areal sendo profusamente barrada de hidratante francês um…"CD pour jeunes filles" A mãe, a Zázá, na casa dos quarenta mas com uma plástica de trinta e picos conservadíssimos luzia-se num bikini giríssimo que lhe fazia sobressair a lisura do ventre, os seios pequenos e uma cintura de respeito mínimo. A avó-tia, sentada olhava a prole junto da água. Os seus sessenta e muitos anos cingidos num maillot castanho e branco faziam-na muito respeitosa. Os cabelos louros davam-lhe um ar juvenil acrescido da luminosidade da pele dourada. Lecas assim a chamavam.

A tia Nônô uns trinta anos muito jovens e esculturais, sem filhos, viria mais tarde a perceber, casara com o Zé Luís figura maciça de quarentão bem entradote a quem a barriga é indicativo de muito jantar bem regado e melhor comido.

O Beto, figura simpática. Calado, bem-parecido. Dá directrizes á assistente relativamente a ulteriores consultas e exames de pacientes O homem precisa de descanso pois que se irá dedicar a uma nova e pertinente tarefa. Oiçamos não esquecendo o tom nasalado das vogais, um certo flautear nas palavras que emprestam aquele sotaque tão "bem"da linha.

- Diga lá, Zázá conseguiu fazer o jantar?

-Ora Lecas, sabe…tinha uma massa que cozi e depois havia gambas no frigorífico. Foi só juntar. Sabe, os pequenos adoraram, adoraram mesmo e o Zé Luís comeu, um espanto.

-Então a querida fez uma massada… ah que bom…

-Deve ser isso… sabe.

O Beto que se entretivera a folhear as páginas de um matutino, entra na culinária.

-A mamã sabe, ontem fomos para a Comporta, e fiquei com o cheiro de sardinhas. Hum que apetite! Hoje levantei-me e fui às compras. Vou assar sardinhas.

-Oh querido, o menino sabe fazer isso?

-Mamã, eu não, mas vou tentar.

-Oh querido, eu não consigo acender o lume mas tirando isso é facílimo… digo-lhe.

O casal Zé Luís-Nonô que fora deambular pelo areal, ele, para mostrar o seu mais recente troféu anatómico, ela, para tonificar os seus glúteos, junta-se ao grupo de grelhadores-de-sardinhas.

-Beto, sempre vai assar sardinhas? Pergunta o Ze Luís

-Você sabe, não sabe?

-Não custa nada, é simples. Vou a sua casa e ensino-o a assar. Depois o seu barbecue fará o resto.

A Zázá que se entretivera a cuidar do bronze entra na liça.

-Queridos vai ser giríssimo. Tou a ver… uma sardinhada…com cheiro e tudo. Ó querido tão verdadeiro! Amanhã quando tiver com a Tequinhas e o Luca vou-lhes contar…vão morrer de inveja, vai ver.

Entretanto a avó-tia que permanecia sentada resolveu mudar de posição e veio ter com o Beto ,seguiu-se-lhe a Princesa que se pendurou nas costas do pai.

-Princesa, deixe o Beto não vê que está doentinho!

-Meu querido descanse, veja lá esse ombro, o menino trabalha muito. Já o seu pai era assim…

-Mas papá, tá memo doentinho? Dê um jinho à Princesa…

-Tá bem, querida, agora deixe o papá. Chame os rapazes. Que daqui a pouco vamos embora.

-Já? Mas poquê? Ainda não é tarde…

-Oh, princesa, não sabe que hoje é um dia especial. Pergunte ao tio Zé Luís o que o seu pai vai fazer… Uma sardinhada, com carvão e lume, tudo. Vai ver ,e vamos comer sardinhas…

-Mas eu detesto peixe e sardinhas, credo.

-Ó Pincesa, sardinha é muito portuguesa, muito saudável, não engorda, faz bem à saúde.

A Nônô que até então conservara um mutismo razoável inversamente proporcional á sua exposição física, sim, porque não se pode fazer bem, duas coisas em simultâneo, entrou finalmente na sardinhada.

-Sabe, Zé Luís, a minha nutricionista manda comer sardinha. Tem não sei que lípido, um tal mega 3 que é formidável para o coração.

-Ómega 3, querida -corrigiu o Zé Luís.

-Pois isso, credo. Mas tá a ver na tá ? Agora tudo come sardinha, e eu até acho que bem cozinhada tem um sabor tão portuguesinho, assim de típico. O máximo!

Os queridos e queridas arrumaram as coisitas e quase em fila indiana, porque nestas coisas á que marcar a diferença lá se foram em direcção talvez a alguma rica " casita" onde as sardinhas esperavam. Nestas coisas de comida e seguindo uma máxima tão ao gosto destes estereótipos "comer é o contrário de ter fome".

Bom Apetite.


19 agosto, 2007

[trevo.gif]

Four-leaf Clover Poem


I know a place where the sun is like gold,
And the cherry blooms burst with snow,
And down underneath is the loveliest nook,
Where the four-leaf clovers grow.

One leaf is for HOPE, and one is for FAITH,
And one is for LOVE, you know,
And GOD put another in for LUCK --
If you search, you will find where they grow.

But you must have HOPE, and you must have FAITH,
You must LOVE and be strong -- and so --
If you work, if you wait, you will find the place
Where the four-leaf clovers grow.

.by E. Higginson


Agradeço a Carissima de Momentos a atribuição do trevo talvez um prelúdio de Sorte que todos afinal precisamos.

18 agosto, 2007

Um poema




A celle qui est trop gaie

Ta tête, ton geste, ton air
Sont beaux comme un beau paysage ;
Le rire joue en ton visage
Comme un vent frais dans un ciel clair.





Le passant chagrin que tu frôles
Est ébloui par la santé
Qui jaillit comme une clarté
De tes bras et de tes épaules.






Les retentissantes couleurs
Dont tu parsèmes tes toilettes
Jettent dans l'esprit des poètes
L'image d'un ballet de fleurs.






Ces robes folles sont l'emblème
De ton esprit bariolé ;
Folle dont je suis affolé,
Je te hais autant que je t'aime !






Quelquefois dans un beau jardin
Où je traînais mon atonie,
J'ai senti, comme une ironie,
Le soleil déchirer mon sein ;







Et le printemps et la verdure
Ont tant humilié mon coeur,
Que j'ai puni sur une fleur
L'insolence de la Nature.






Ainsi je voudrais, une nuit

Quand l'heure des voluptés sonne,
Vers les trésors de ta personne,
Comme un lâche, ramper sans bruit,






Pour châtier ta chair joyeuse,
Pour meurtrir ton sein pardonné,
Et faire à ton flanc étonné
Une blessure large et creuse,






Et, vertigineuse douceur !
A travers ces lèvres nouvelles,
Plus éclatantes et plus belles,
T'infuser mon venin, ma soeur !
Posted by Picasa

17 agosto, 2007

BOLERO-RAVEL

Os anos ensinam muitas coisas que os dias desconhecem



Choramos ao nascer porque chegamos a este imenso cenário de dementes. (William Shakespeare)



# Acreditar é monótono, duvidar é apaixonante, manter-se alerta: eis a vida! (Oscar Wilde)

29 julho, 2007

Madame Bonlavout.


Chamam-lhe Madame Bonlavout de seu nome Aimée.

A velha senhora, de oitenta anos que sozinha cruza o Mediterrâneo. Poderá ser a sua última viagem. Tem consciência, mas goza-a, trincando, bebendo e rindo interiormente. Como sempre, aliás o fez.

Semi-deitada numa cadeira no convés, aspirando a brisa marítima, semi-cerra o olhar ainda fulgurante, enrola-se na manta e recorda:

Leopoldville…1928. Son papa e sa mére. Como eram jovens. Ela garotinha. Lembra-se do branco do seu vestido de musselina, do chapéu, dos sapatos de botão. E maman, quelle beauté!… O cheiro adocicado mistura-se no ar de braço dado com o calor. O colorido envolve-a. O céu é azul, muito azul.

Outro lugar, outra memória. A casa... Son pápá brincando com ela nos braços, rodando. Rodando. Como era alto e forte.

-Viens , ma petite, viens… e ela corre enterra o rosto naquele peito largo… E maman? Diz:

-Leopold, estragas esta pequena com mimos…

Cresceu assim, entre mimos e desejos completos. Uma infância de promessas. A terra que a viu nascer era forte, quente e doce. Era África. Cheirava a tubérculos, terra húmida, baunilha e canela. A vida palpitante. Viveu descuidada, era tudo simples. Pensava…

Foi naquele ano, recorda 1940.Tinha vinte anos. Era bela, diziam e sabia-o. Tornara-se impertinente. Tinha o mundo a seus pés. Foi, então que o conheceu.

A fazenda precisava de um novo capataz. Ele veio e Aimée…amou…

Recorda as acácias em flor, o cheiro adocicado, os beijos quentes, as carícias, a sua entrega total. Um feitiço…como a terra que os sustentava. E noite após noite o frémito apossava-se das suas entranhas … e Gérard satisfazia-o. Acabavam adormecendo enroscados. O odor era de musgos e terra. Forte, envolvente e floral. Uma brisa de paixão. Mas… Mademoiselle, sua preceptora, professora, chaperonne e sabe Deus que mais, ameaçou-a de contar aos pais, que a história tinha ido demasiado longe. Que tinha que parar. Ela, era Aimée Bonlavout.

Um mês depois estava casada com Alberto. Recorda o dia do casamento e as palavras do pai.

-Est-ce-que tu es heureuse, ma petite? Oui, papá…e depois as palavras que lhe ficaram gravadas até agora.

-Esperei que lutasses. Esperei mais de ti…

Não sabe explicar o odor que sentiu, então. Ácido, e bolorento. Quase desagradável.

Alberto, foi possivelmente o seu maior erro e fardo. Mas carregou-o dignamente. Era fraco, manipulável, dependente, apenas um bom político… Ela, soube sempre dar graça e charme à sua carreira. A sua beleza e elegância eram por demais conhecidas. O seu carácter foi moldado na força do vazio. Tornou-se forte, lutadora, enérgica, une femme de pantalons e aux pantalons, espalhando um perfume frutado de pomelo e bergamota com pequenos laivos de mandarina e limão. Trés chic.

Já nos anos 60, quando embarcou naquele outro paquete, o Índia, e foi buscar o seu petit-fils a Goa, tinham-na chamado de louca. Ainda lhe ecoavam as palavras:

- Madame, não vá, é uma longa viagem e não sabe o que a espera .Há escaramuças graves Respondera sempre:

- Claro que irei, é o meu neto. Não vou perdê-lo. Jamais!

E fora ,e voltara.

Sempre com força ânimo e muita elegância. Alberto morrera, o neto crescera, depois uma neta. O ciclo de vida fechara-se.

Não concordava com estas ideias liberais, nem com a vida de família si petite bourgeoise de sa fille e son beau-fils. Pensavam ser personagens de uma tela mas, afinal, eram apenas esquiços breves de vidas.

Vivia sozinha, mas viva nas suas recordações.

Soergue-se na cadeira, ao longe o mar, imutável pedaço de verde-azulado embala-lhe assim as recordações. Alguém se aproxima… o Imediato… Soergue-se ligeiramente e lânguida estende a mão esguia. A cabeça está livre do encosto, e move-a com a graça altiva da sua idade, levemente, o suficiente para ter o rosto livre.

-Ah, Madame je vous cherchais… fala um francês correcto apesar de ser Russo. É galante.

Sorrindo, responde:

-Sim?

-Esta noite, o comandante convida-a para a sua mesa…

-Ah, mercie. Com todo o prazer.

Coquette estende a mão que rapidamente é aprisionada pelo cavalheiro de cãs já brancas que desprende um cheiro amadeirado a cedro, tão masculino. Aimée, esconde a idade. São aqueles rostos intemporais que o tempo poupa. Ligeira, caminha lado a lado de Sergei. Junto à porta despede-se, com um au revoir….

Deliciosamente inconsciente, Aimée deixou-se conduzir ao longo do jantar pelo seu anfitrião.

Havia tantos anos que não era assim mimada! Esqueceu a sua vida, os seus cheiros e beijou a alegria. Que dança ,que baile ,que sonho…!

Eis que as luzes se apagam… e rebentam as vozes em som de parabéns… são os seus oitenta anos!

Aimée deixa rolar uma gota pelo rosto mas, helás, agradece sorrindo. É a sua apoteose. As palmas são-lhe devidas.

Já tarde ,bem tarde. Acompanhada regressa ao seu camarote. Páram na amurada. Olham o mar, está negro, denso. Não se separa do céu senão pelos seus pontos cintilantes.

- A lua, onde está? - pergunta

- Ici, sur nos têtes, ma chérie diz-lhe, Kóstia, o comandante.

Inclina-se sobre ela e aflora-lhe um suave beijo nos lábios. Algo de furtivo e doce. Algo… e

lenta, engrossando, vem um odor baunilhado mas tem musgo e bergamota. Mandarina e canela. Lavanda e tubérculos. Tem limão e um pouco de bolor. Pomelo e vetiver. Tem os cheiros da sua Infância, da sua Terra, do seu Amor, da sua Vida…Que a salpica de emoção e suavemente, qual criança retribui o beijo… o seu último beijo de Amor.



.......................................................................................................................................................................

E agora meus amigos.. entro em período de descanso... umas fériazinhas... a banhos...

Até qualquer dia... Um doce beijo.










26 julho, 2007

Puri Biagrita


-É hoje, é hoje…diz Marcelino para si.

Apronta-se. Veste as calças do fato das festas, camisa lavada, o casaco. Põe o boné. Está todo nos "trinques"

Lavou-se a preceito, esmerou-se.

A sua Zeza, cirandou-lhe o juízo com tantos cuidados, mas a ida ao sô dôtor., justificou-os.

Está fresco.

Hoje é dia de feira vai á cidade. Leva a fruta para venda. A Zeza não vai, a sua patroa. Tem cá o neto. Está sozinho, isto é dizer, vai com o Joaquim das Hortas. Vão na carrinha, já combinou tudo. Despede-se da sua Zeza com um até logo. Ela recomenda-lhe que diga tudo ao sô dôtor, as dores do braço e da falta de ar.

.-Fica em paz, eu digo tudo.

Já sentado na carrinha, semi-cerra os olhos. O Joaquim conduz. É de poucas falas, ainda bem...dá para dormitar.

O tempo corre para trás. Lembra-se daquele outro tempo, quando ainda era enxuto de carnes, de cabelo preto, forte. Quando galgava as escadas ou os campos de pernas soltas. Hoje já vacila. Já tem medo. O olhar é opaco, mas ah… Ainda é homem…

Lembra-se de então…, como era bom. E a Purificacion.. que mulher…! Uma ruiva, garbosa, salerosa. De riso em lábios carnudos, seios ondulantes e ancas em meneio conjunto. Ah que saudades. Ai, Puri, Puri… que tempos…

Sabe que continua lá onde a viu pela última vez. Tomou uma decisão. Vai vê-la. Não vai ao dôtor , coisa nenhuma, .Vai vê-la, vai matar saudades!

Marcelino embala nas recordações. A sua Zeza, a mãe da sua Júlia e do seu Zé António.

Boa mulher, boa mãe, honesta, poupada, tudo o que desejou. Mas… ficou-lhe sempre a mágoa pela sua Puri. Não, não para casar, c'os demónios, podia lá ser. Há que saber pôr as coisas em cada prato. Vá-se lá a ver…

Chegaram. Descarrega a sua fruta. Pede ao amigo que tome conta, porque tem consulta. Dá-lhe a senha da banca. Tudo em ordem. Agora … é ir … até á casinha… que não esqueceu. Desce a ladeira, vai lesto. Há muito tempo que não se sentia tão leve...é o desejo.

Marcelino pára. Está defronte da casita baixa de telha velha e portada vermelha. Avança. As pernas estão a pregar-lhe a partida, as maganas. Mas isto vai, até trouxe o azulito, por via das dúvidas. Isto é segredo. Um homem não pode abrir mão de certas coisas. Arranjou-o, como?.. Ora… á que estar prevenido… então já são setenta … Coragem, home, coragem. Respira fundo.

Toca à porta. Uma vez rápida, a segunda, lenta… espera.

Ouve um bater de chinelos e depois a voz…

-¿Quién es?

A porta abre-se antes que possa responder .Ei-la.. Olham-se, perdidos. Avaliam-se, recordam-se. Não há movimento, apenas olhar, olhar.E depois..

-Marcelino.!. ¿Usted? Por Dios., hombre!!!

-AH, Puri, ah, Puri..

-Hombre, entra, entra…

Já na salinha, frente a frente olham-se. O tempo também lhe roubou as carnes, mas ainda é um pedaço de mulher. Sempre garrida, decotada, alegre. O riso é matreiro e o olhar acompanha-o. Olham-se. Dão as mãos e riem, riem…

Já é tarde, o Joaquim deve estar fulo, muito fulo. Paciência. Não é todos os dias que um home..

Veste-se.. atabalhoadamente. Sente-se zonzo. Não é mau estar, é maravilha… A seu lado, Puri, olha-o, rindo, rindo…

Pega no casaco, veste-o e sorri. Sente-se jovem. Há tanto tempo...Não acredita. Será possível?

Sente-se trémulo como se fora a sua primeira vez…

Puri continua na cama. Sobressai-lhe o brilho do olhar e a lascívia dos gestos. Sorrindo diz-lhe:

-Coño Marcelino. ¡hombre , con su edad!

-Puri de mi alma… ai Puri… um bejo… voltarei, mi preciosa…voltarei…

Já na rua, o calor do meio-dia, atordoa-o. Pérolas de suor, cobrem-lhe a testa. Mas sente-se leve, leve, como se o corpo não mais fosse seu... Nunca pensou em ser capaz… assim. Não., com a sua idade, mas a sua Puri … ai que mujer, … que fêmea….

Tropeça, as nuvens já aqui estão… Sorri-lhes.




24 julho, 2007

brideshead revisited

O “o-exilirado” de Arion lançou-me o seguinte desafio :continuar a corrente ,iniciada pelo seu amigo muso, com as cinco séries de TV da nossa vidas.
A memória por vezes é traiçoeira, e possivelmente não me vou lembrar das”mais” mas das possíveis. Pois bem aqui vão , e pela ordem de impacto que me causaram.

Relembrar o Passado em Brideshead

O Polvo

Angels in America

A Ferreirinha

Dr. House

E agora, a quem vou passar? Simples…

http://velharias-traquitanas2.blogspot.com
http://www.un-dress.blogspot.com
http://silencioquefala.blogspot.com
http://abonecadeporcelana.blogspot.com
http://vitorespadinha.blogspot.com

E recordem, meus amigos.Recordem…