Auto-retrato
Espáduas brancas palpitantes:
asas no exílio dum corpo.
Os braços calhas cintilantes
para o comboio da alma.
E os olhos emigrantes
no navio da pálpebra
encalhado em renúncia ou cobardia.
Por vezes fêmea. Por vezes monja.
Conforme a noite. Conforme o dia.
Molusco. Esponja
embebida num filtro de magia.
Aranha de ouro
presa na teia dos seus ardis.
E aos pés um coração de louça
quebrado em jogos infantis.
Natália Correia
Espáduas brancas palpitantes:
asas no exílio dum corpo.
Os braços calhas cintilantes
para o comboio da alma.
E os olhos emigrantes
no navio da pálpebra
encalhado em renúncia ou cobardia.
Por vezes fêmea. Por vezes monja.
Conforme a noite. Conforme o dia.
Molusco. Esponja
embebida num filtro de magia.
Aranha de ouro
presa na teia dos seus ardis.
E aos pés um coração de louça
quebrado em jogos infantis.
Natália Correia
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10 comentários:
Maravilhosa Natália! Obrigada pela escolha e pela partilha. Beijos.
Magníficos! Foto e poema.
São tão diversos os ardis... Fêmeas ou monjas, enredamo-nos.
Beijocas da leitora.
mulher de hormonas e
espuma
mulher de sexo e
bruma,
[ natália-de-nós,
beijo
~
uma felicíssima escolha
ou
não fora uma das maiores poetas portuguesas
( subtil o jogo de imagens sobrepostas )
.
um beijo
Natália Correia tem esse dom: de nos maravilharmos perante a sua poesia
Belíssima imagem!
Lindíssimo poema, excelente escolha!
Recordaste-me
a viagem que fizemos
à Dinamerca
a propósito do Congresso Mundial
da Paz
Bjs
muito bonito e a imagem... tratada no mais perfeito coordenado!
um beijo
luísa
Como gosto de Natália! Sempre presente em minhas leituras!
Uma sensibilidade só possível de sentir através do seu poetar!
Uma mulher linda, dizem!
Um beijo amistoso,
Sensibilizada pela presença afectuosa, sempre!
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