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Alguém que ama a vida e odeia as injustiças

08 julho, 2009



Auto-retrato

Espáduas brancas palpitantes:
asas no exílio dum corpo.
Os braços calhas cintilantes
para o comboio da alma.
E os olhos emigrantes
no navio da pálpebra
encalhado em renúncia ou cobardia.
Por vezes fêmea. Por vezes monja.
Conforme a noite. Conforme o dia.
Molusco. Esponja
embebida num filtro de magia.
Aranha de ouro
presa na teia dos seus ardis.
E aos pés um coração de louça
quebrado em jogos infantis.

Natália Correia


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Posted by Picasa

10 comentários:

Paula Raposo disse...

Maravilhosa Natália! Obrigada pela escolha e pela partilha. Beijos.

tiaselma.com disse...

Magníficos! Foto e poema.

São tão diversos os ardis... Fêmeas ou monjas, enredamo-nos.

Beijocas da leitora.

~pi disse...

mulher de hormonas e

espuma

mulher de sexo e

bruma,

[ natália-de-nós,



beijo




~

Gabriela Rocha Martins disse...

uma felicíssima escolha
ou
não fora uma das maiores poetas portuguesas

( subtil o jogo de imagens sobrepostas )



.
um beijo

Teresa Durães disse...

Natália Correia tem esse dom: de nos maravilharmos perante a sua poesia

Laura Ferreira disse...

Belíssima imagem!

Mena G disse...

Lindíssimo poema, excelente escolha!

Mar Arável disse...

Recordaste-me

a viagem que fizemos

à Dinamerca

a propósito do Congresso Mundial

da Paz

Bjs

pin gente disse...

muito bonito e a imagem... tratada no mais perfeito coordenado!

um beijo
luísa

MS disse...

Como gosto de Natália! Sempre presente em minhas leituras!

Uma sensibilidade só possível de sentir através do seu poetar!
Uma mulher linda, dizem!

Um beijo amistoso,

Sensibilizada pela presença afectuosa, sempre!