Quem sou eu

Minha foto
Alguém que ama a vida e odeia as injustiças
Mostrando postagens com marcador constelation of roses by Elena Avesta. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador constelation of roses by Elena Avesta. Mostrar todas as postagens

28 novembro, 2008

.
"...posso lançar.te um desafio?
espero.TE numa gargalhada ...DE VIDA"
MGabriela de cantochão lançou-me este desafio ao qual respondo:



Ah! Ah! Ah!

Ah! Ah! Rio e rio. O peito arfa. Explode. Entrechoca a onda que sobe e inunda a alma. Ah! Tenho vontade de gritar, rodar, saltar e arrebatar nas minhas mãos este pedaço de mundo. Ah! Sou feliz, porque sou gente. Trinco voraz cada suspiro de sentir. Ah! Escorre-me nas veias a seiva do espírito. Ah, a minha carne aquece-me os desejos. Ah!Ah! Sim, vivo, respiro e suspiro. Sou gente. Sou pessoa. Tenho o milagre da vida nas veias vermelhas. O sangue corre-me quente e senhor. Ah! Adoro ser, comer, chorar e amar. Aahaha! Vivo. Querem rir comigo? Querem? Venham, venham. Abram os braços, escancarem a alma e dancem com os olhos. Ah! Dobrem-se, rodopiem, girem e amem. Dêem-se. Entreguem-se. Com fulgor. Trinquem o sentir, esculpam o desejo, plasmem a união. Beijem com sofreguidão. Dêem-se, unam-se, misturem-se. A vida está aí. Escorre a baba quente por entre os lábios túrgidos do sentir. Soltam-se os cabelos em centelhas de cobre. O espraiar do desejo. A saciedade. A vida.

Nas minhas mãos escorre o sumo rubro da romã, nos meus lábios o néctar da maçã adoça-me. No meu corpo ,o suor tinge a pele glauca de brilho. Há gotas descendo por mim. Água e matéria. Vida.

Abro as mãos ao vento, deixo -o gotejar por entre os dedos. Fecho-as guardando no côncavo o segredo do mundo, o átomo do ser. O sal da vida. Sinto nos meus ombros o afagar dos murmúrios do infinito. Ah. Como vivo!

Ah, mas a vida palpita mais. Ah! Arqueio o corpo, e rio. Rio, porque tenho o mundo no meu ventre. Rio-me. Gargalhada fogo de ser. Ah! Como tudo palpita e se engrandece. O mistério do amor, do desejo. O tremor quente de um corpo em flor. Ah! Vida.

No olhar, no requebro do corpo, no encadear do pensamento, no poisar dos lábios, no sorriso, no gargalhar, no momento único, a vida!

Ah! Rio e choro, choro e rio, corro e quedo, salto e paro. Sou animal à solta, sou espírito em remanso. Ah! Sou vida, sempre, eterna, perene. Ah! Sou gente que sente, sou pedaço de alma, sou brasa ao rubro no passo do momento! Vida!