O que é ser mãe?
Talvez
o mundo, talvez a vida, talvez a carne, talvez o amor de um o olhar, de um rir,
de um choro, de um estar e um não estar.
Mãe
é ter horas sentidas pingadas de lágrimas, ou povoadas de gargalhares vibrantes
e cristalinos, de murmúrios vividos, de ais e ahahs. Mãe é o verbo corrido no
ventre de um substantivo concluído em adjectivos.
Mãe
é mulher que se dobrada na dor. Mãe é estar depois de parir; Mãe é afagar
quando o riso se apaga ou o soluço brota; Mãe é o gesto doce dos dias; Mãe é
dizer Não quando o coração sussurra, Sim; Mãe é, talvez, a mais sublime obra do
mundo. A alma de uma mãe perde-se no
horizonte em cada pôr do sol para logo renascer em cada madrugada plena de luz,
amor e sombra.; Mãe é haste vibrátil tornada tronco milenar nos ciclos da vida.
Mãe
ampara, enxuga lágrimas, endireita ideias, constrói esperanças, dá asas. Depois,
muito depois já no tempo dos dias, quando sozinha poisa a cabeça, e olha no infinito
sente que a lágrima se solta, mas sorri.
Mãe
é gente que sente assim.
Mãe
sou eu faz hoje trinta e quatro anos. Um ciclo de que se renovou. Mãe e avó.
Ao meu filho, meu amor maior um beijo doce do
tamanho do meu amor e á minha neta um sol de amor.
Chaves,
18 de novembro de 2018