Gustave Klimt "Sea Serpents I,II"
.Poema Melancólico a não sei que Mulher
Dei-te os dias, as horas e os minutos
Destes anos de vida que passaram;
Nos meus versos ficaram
Imagens que são máscaras anónimas
Do teu rosto proibido;
A fome insatisfeita que senti
Era de ti,
Fome do instinto que não foi ouvido.
Agora retrocedo, leio os versos,
Conto as desilusões no rol do coração,
Recordo o pesadelo dos desejos,
Olho o deserto humano desolado,
E pergunto porquê, por que razão
Nas dunas do teu peito o vento passa
Sem tropeçar na graça
Do mais leve sinal da minha mão...
Miguel Torga, in 'Diário VII'
.
Dei-te os dias, as horas e os minutos
Destes anos de vida que passaram;
Nos meus versos ficaram
Imagens que são máscaras anónimas
Do teu rosto proibido;
A fome insatisfeita que senti
Era de ti,
Fome do instinto que não foi ouvido.
Agora retrocedo, leio os versos,
Conto as desilusões no rol do coração,
Recordo o pesadelo dos desejos,
Olho o deserto humano desolado,
E pergunto porquê, por que razão
Nas dunas do teu peito o vento passa
Sem tropeçar na graça
Do mais leve sinal da minha mão...
Miguel Torga, in 'Diário VII'
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Grandes gostos, para não variar.
ResponderExcluirSpeechless, once again.
Um beijo.
Ah, poeta, tivesse sido eu essa mulher... Não haveria máscara anônima nem rosto proibido, garanto-lhe... Mas também não teria havido esta sua fantástica poesia...
ResponderExcluirUm beijo na Mateso querida pelo bom gosto da escolha.
escolhas sempre mais do que perfeitas
ResponderExcluirque mais dizer?
.
um beijo
sou-me em torga
ResponderExcluir( mais que d)entro,
~
Que bonito... deu-me vontade de forrar as paredes de casa com estas imagens...
ResponderExcluirMiguel Torga, uma faceta mais intimista da sua poesia!
ResponderExcluirUm beijo,