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25 setembro, 2016

. .Não sei…
Não sei…
Se é a vida, se é o tempo, que me traz assim…
Inquieta no desassossego das horas,
Asfixiada na brevidade dos passos,
Perdida nos sentidos do corpo,
Não sei…
Se é a vida, se o tempo que me dói assim…
Se é a borrasca dos desenganos, se dos prantos possuídos
Se das mágoas acantonadas, se dos sulcos cravados
Na estatuária ainda quente de um corpo nu de utopias,
Não sei…
Se é o vento enrolado que me varre assim,
Que me crespa a alma, que me vidra os olhos, que me saliva o hálito
Escarrando-se em ululos sibilantes de riso,
Perverso andante!
Não sei…
Se é o que de mim vem, vai ou foi,
Se sou apenas eu, somente eu, que não sei
Respirar, tragar, mastigar e amassar
O espirito levedado dos anos,
Não sei…
Se vivo na esquina das horas,
Essas que são sombreadas de dias quentes
Ou se respiro nas outras
Nas sombrias de minutos ocultos.
Não sei…Sei sim que vivo aqui, deste lado
Onde a imaginação voa e a verdade vai nascer… um dia!

2 comentários:

  1. Profundo texto que a todos interroga

    Um dia será outro dia
    em viagem pelos espelhos
    Bj

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  2. Excelente texto que a todos interroga

    Um dia será um novo dia
    na viagem pelos espelhos
    Bj

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