Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.
Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.
Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.
Sophia de Mello Breyner Andresen
.
E é verdade. Sophia e a sua excelente poesia. Beijos.
ResponderExcluirLindo!
ResponderExcluirobrigada, abraço
um poema absolutamente eterno que tem na sua voz singular a nossa voz plural. a sublimeza em poesia. um dos meus favoritos de sempre. obrigada e um beijinho.
ResponderExcluirHá sempre aquele dia em que, pontualmente, e de uma forma ou de outra, mesmo que não nos vendamos, nos traímos e àquilo em que acreditamos. Possam tais momentos lembrar-nos de que "os gestos dão sempre dividendo". Um grande beijo!
ResponderExcluirabsolutamente única esta senhora
ResponderExcluirPOETA
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curiosa mente ,mesmo em miúda ,nunca gostei de me mascarar
e
exceptuando as de Veneza ( mas esse mundo é à parte ) sempre odiei máscaras
.
um beijo
Sophia faz me sempre chorar..
ResponderExcluirum bjo
Sophia
ResponderExcluirsempre oportuna
mesmo em véspera de carnaval
Um dos meus preferidos.
ResponderExcluirBeijinho*
muito belo!
ResponderExcluirum beijo
Um dos poemas que mais gosto de Sophia; obrigada por a reler senão, já me esquecia.
ResponderExcluir;)
Sophia tem uma intensidade que não dá margem para dúvidas!
ResponderExcluirVim aqui há algum tempo. Ando 'arredia' mas não esqueço...
Um beijo