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04 setembro, 2007

Despedida


Na ausência da palavra

O verbo cai no espaço

Hiato de polifonia gasta.

Assobia o vento sul

Em compasso livre

Sopra o do norte

Em espiral entrecortada

Sibila o ar já frio

Em tom de chegada.

E a lágrima…

Espiral do soluço,

Solta-se, lenta., redonda.

Folha húmida de sal

Na face exangue, dormente

Da terra negra que a sorve

A mão…

Gesto breve, diáfano

Semi-arco perpétuo

Em movimento.

Fecha a harmonia dissonante

De arco já frouxo na alma

Do violino da estação

Que parte…

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12 comentários:

  1. Bonito poema, e fotos a condizer muito bem,parabens
    saudações amigas

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  2. O Outono que se aproxima, o dourado, a contemplação das partidas.

    Gostei muito do teu poema.
    Das fotos o bom gosto é de realçar.

    Sempre belo aqui.

    Beijinho

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  3. Bonito este teu blog! Obrigada pelas
    tuas palavras.

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  4. Lindo.

    Beijos.

    (mas não é despedida, pois não?)

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  5. fios de melancolia



    cálidas cores



    que calam



    ...



    :) beijO

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  6. a despedida de um verão que antecede a chegada de um outono saudoso

    .

    a melancolia de um fim projectada na estação que chega e que se caracteriza ,precisamente ,por esse estado de "alma"

    .

    porque não há.de a estação ser melancólica? porque não?

    .

    deixo.te um beijo
    ( ontem fui eu que não consegui manter.me acordada .escusa! )

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  7. São melancólicos os sopros do vento. Entrelaçam-se saudades. Lindo. Como sempre.

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  8. Aí está uma voz quue nunca se calará, Mateso

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  9. passei , e cumprimento, resto de bom fim de semana
    Sauda�es com um beijo

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