Quem sou eu

Minha foto
Alguém que ama a vida e odeia as injustiças

03 julho, 2011

..
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNNYujFa7t6UtuZzVT0XcZv5FThMkgKH3lWDJwC2FqHgskmeWYqxpsBPpQnhhItbU2C3xWbOSYC2OdJ373a7ECDmF9fJhUA-sjliborBnqMf8a5zvM-87usor7KDzIuKEEFvjfTzEdFPGw/s1600/204160_9.jpg
The Road not Taken


Two roads diverged in a yellow wood,
And sorry I could not travel both
And be one traveler, long I stood
And looked down one as far as I could
To where it bent in the undergrowth;

Then took the other, as just as fair,
And having perhaps the better claim,
Because it was grassy and wanted wear;
Though as for that the passing there
Had worn them really about the same,

And both that morning equally lay
In leaves no step had trodden black.
Oh, I kept the first for another day!
Yet knowing how way leads on to way,
I doubted if I should ever come back.

I shall be telling this with a sigh
Somewhere ages and ages hence:
Two roads diverged in a wood, and I-
I took the one less traveled by,
And that has made all the difference.


Robert Frost

31 maio, 2011


Se


Se me dói tanto que as coisas passem
É porque em mim cada instante foi vivo
Na luta por um bem definitivo
Em que as coisas do amor se eternizassem.

Sophia de Mello Breyner Andresen

..

20 abril, 2011

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhF8W2fLQYtWwAnaVE8HXpuFSP2hpbmWQ89GcDWQnPpwMdrQYm0aCuL16FbhpWfZT3u9URMz0POjTjlUwPym7CjSfc004-HcAOwlElX3ULuWeA1BpamA5ZgG4_N8F31dEKrltNYR4x65tIO/s1600/267770_98.jpg


"O mundo tornou-se perigoso, porque os homens aprenderam a dominar a natureza antes de se dominarem a si mesmos."

Albert Schweitzer


..
Posted by Picasa

23 março, 2011

Pessegueiro

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdmqP7_vdUib12OoQT0bi1y2rX81MvMOikutnMnred7SjnhpykKqzScQL7XfUoYLh2CK49yC7CSrLMpwkWNmqgLb7Q5QnNYnRuKYD2FMMsIljrAnz4aY8UK9GhxpMBtwLEPcdqne3BnZcw/s1600/3131_95.jpg

Pessegueiro

Numa árvore nua de sorrisos, os primeiros laivos de sol acordaram. Aqui e ali pespontam pequenas quimeras de verde. Veios futuros de um sonho de amanhã.

A árvore, um pessegueiro, de tronco robusto e hastes aéreas, encolhe-se timidamente entre a pereira totalmente despida, mas forte na sua certeza de tempo e, o damasqueiro resistente que já floriu. Ele, pessegueiro, tímido como todos os homens em busca da certeza, deixa que a flor pequenina e subtil lhe vista os ramos vibráteis por breves dias. Quando o vento de norte soprar, o vestido cor-de-rosa será varrido, mas já os alinhavos verdes terão brotado pelos ramos numa ânsia de costura final.

É manhã, uma manhã translúcida de vontade suave banhada de sol e frio, que chega da montanha mesmo por cima. O ar frio enchapelado de dourado arrepia o pessegueiro mas também o acorda para a luz. No solo verde, bêbado de orvalho, pequenos cogumelos tristes pululam num jogo confiado de esconde-esconde.Aliás, a natureza acordou ingénua. Todas as manhãs que renascem são ingénuas qual homem ao acordar da noite povoada de quimeras por ser.

O pessegueiro abana-se num movimento ondulado de prazer por vir. Olha em redor e repara nas suas vizinhas árvores. Já se vestiram de flores ou estão de costura. Como adormeceu durante tanto tempo? Não se lembra, tudo girou tão depressa que as memórias diluem-se no túnel dos dias.

Da janela da casa branca um homem debruça-se no parapeito. Olha o pessegueiro. Olha-a árvore à sua medida. Sabe que cada flor que cai é um pouco da sua esperança que parte também. Esta ligação homem árvore confunde-se com as leis da natureza, cíclicas e eternas. Na terra húmida, as suas raízes nodosas bebem o sémen da vida, dando ao mundo a força. Amanhã o dia voltará a nascer, o vento a soprar, a chuva a cair, o sol a sorrir ou a esconder-se, no entanto o mistério da vida continuará inexorável no seu caminho para a frutificação dos dias dourados. O Homem, mais rápido, cupido e impuro colherá no tempo o mistério da beleza, o hino da vida. Cá em baixo a árvore suspira por entre as hastes quase floridas em rosa. Ao Homem tremem-lhe as narinas, arrepia-se-lhe o coração e freme-lhe a alma. Há algo de novo no ar. Algo que lhe liberta a vontade de renascer. Deixa-se flutuar no suave momento da brisa. Um ar fresco limpa-lhe o olhar, acutila-o na direcção da montanha debruada de verde tímido. Sobe no ar o odor a terra fecundada, qual ventre prenhe, que aspira avidamente. Por momentos, breve, intenso, penitencia-se. Depois, sacode-se, aspira a brisa, alinha a vontade, ri para si. Está saciado, certo e seguro. A vida renasceu. Vai colhê-la.

Murmura num encolher de ombros.” A Primavera chegou!”

Palavras dedilhadas no vento de uma brisa em Março.


Posted by Picasa

21 março, 2011

"Não há coisa mais prejudicial a uma nova verdade que um velho erro."

(Johan Wolfgang Von Goethe)..